Rostos cobertos, corações à mostra: futebol, autonomia e luta zapatista

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Era uma tarde nas montanhas do Sudeste Mexicano. No pasto da comunidade, um grupo de meninos e meninas brincava com uma bola. Bem, isso poderia pensar alguém que não conhecesse essa turma.

Na verdade, era um treino rigoroso do time infantil de futebol da Defensa Zapatista. Agora mesmo estão praticando o contra-ataque, manobra que a Defensa Zapatista explica assim: ‘Faz de conta que os malditos inimigos do time adversário estão vindo com a bola, que são maiores que a gente, que jogam melhor que a gente, que todo o público os apoia, que estão mais bem alimentados do que a gente, mais bem treinados do que a gente, que têm o uniforme mais legal e que estamos no campo deles, quer dizer, que eles são os locais. O que a gente faz?’”

— Subcomandante Insurgente Galeano

Em meados de 2005, uma singular notícia era divulgada simultaneamente por veículos políticos altermundistas e pela mídia esportiva: o clube italiano FC Internazionale, de Milão, estava se correspondendo, criando laços e enviando auxílios a indígenas do estado mexicano de Chiapas, organizados em torno do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN).

Dezenove anos depois deste episódio – e trinta após o levante de 1° de janeiro de 1994 –, Rostos cobertos, corações à mostra: futebol, autonomia e luta zapatista é um livro que reúne a rica produção textual zapatista dedicada ao futebol.

Para além do intercâmbio com a Inter de Milão, encontramos em correspondências do Subcomandante Marcos endereçadas a Eduardo Galeano, relatos de partidas disputadas pelos zapatistas em localidades diversas, e uma profícua criação de personagens, narrativas poéticas e metáforas políticas que enredam o futebol à invenção de outros modos de existência.
Características
Autor Micael Zaramella (org.)
Biografia Era uma tarde nas montanhas do Sudeste Mexicano. No pasto da comunidade, um grupo de meninos e meninas brincava com uma bola. Bem, isso poderia pensar alguém que não conhecesse essa turma.

Na verdade, era um treino rigoroso do time infantil de futebol da Defensa Zapatista. Agora mesmo estão praticando o contra-ataque, manobra que a Defensa Zapatista explica assim: ‘Faz de conta que os malditos inimigos do time adversário estão vindo com a bola, que são maiores que a gente, que jogam melhor que a gente, que todo o público os apoia, que estão mais bem alimentados do que a gente, mais bem treinados do que a gente, que têm o uniforme mais legal e que estamos no campo deles, quer dizer, que eles são os locais. O que a gente faz?’”

— Subcomandante Insurgente Galeano

Em meados de 2005, uma singular notícia era divulgada simultaneamente por veículos políticos altermundistas e pela mídia esportiva: o clube italiano FC Internazionale, de Milão, estava se correspondendo, criando laços e enviando auxílios a indígenas do estado mexicano de Chiapas, organizados em torno do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN).

Dezenove anos depois deste episódio – e trinta após o levante de 1° de janeiro de 1994 –, Rostos cobertos, corações à mostra: futebol, autonomia e luta zapatista é um livro que reúne a rica produção textual zapatista dedicada ao futebol.

Para além do intercâmbio com a Inter de Milão, encontramos em correspondências do Subcomandante Marcos endereçadas a Eduardo Galeano, relatos de partidas disputadas pelos zapatistas em localidades diversas, e uma profícua criação de personagens, narrativas poéticas e metáforas políticas que enredam o futebol à invenção de outros modos de existência.
Comprimento 21
Edição 1
Editora AUTONOMIA LITERÁRIA
ISBN 9786554970211
Largura 14
Páginas 176

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